São Paulo, 23 de setembro de 2008
Autoras: Ana Feitosa e Priscila Escame
No exílio entre eu e meu carinho,
Descubro a essência que me motiva,
Nesse encanto lírico de fascínio,
De ondas suaves cobrindo minha face desvairada;
De paisagem lividas, onde o sol cobre as montanhas,
Acilando o descanso árduo de uma maravilhosa manhã;
De pensamentos vivaldinos e de verdugos incertos,
De uma manhã pálida, de um dia incerto ,
Vejo minha face repousar,
Nas lacunas de meu pensar,
Que se sobressai nas incertezas dos meus dias , diversos dias sem fim...
Na província de um novo sonho,
Na expectativa de um novo amanhecer menos árido,
No orvalho da madrugada, me limito.
A passos incertos por uma rua sem destino,
Indo em meio a uma colina,
Que sombreia as pedras de um plácito chão
Em um caminho quase não visto.
Então finalmente descubro, a essência que me motiva. E chego a conclusão,
De que talvez nem eu mesma saiba quem sou, junto ao exílio...Entre eu e meu carinho.
São Paulo/ 2007
Por Ana Feitosa
Obra de Monet " O bebedor de Absinto"
Nada Mais
Nada me faz incapaz, de renascer das cinzas.
Nada me faz ser conduta, dessa vida oculta que me faz esperar.
Nada me faz, não ter privilégios, e de ter noção do que não quero.
Nada me faz infeliz, nem aqueles momentos em que me faço perguntas indiscretas.
Nada me faz ter compaixão, pois em meu coração há um outro sinônimo de vida. Sou indulgente com a vida.
Porque diálogos não são modestos e sim complexos, diante dos meus erros mais comuns.