Ana Feitosa
Ao sol me visto de alegria,
Na noite me vejo azul,
Ao som do puro momento faço rimas,
E ainda sou o que pretendia ser.
Consegui alcançar meu cansaço,
Conquistei minha razão.
Cautelas nunca me ajudarão quando precisei,
Mas um dia saberei usá-las.
Se a noite fosse minha...
Como poderia ser à noite?
Por Ana Feitosa
Obra de Jean Auguste
Provo de minhas sinceridades
Fui atrás de velhas manias
Remediei meus pensamentos de outras saudades.
E quando havia tempo, eu corria.
De nascedouro viveu meu passado
No anfiteatro de outras mentes vivia
Nem toda a noite sentia sua presença refutar-se
Mesmo assim eu sorria.
Breves palavras nunca ditas por seus lábios,
Acabei despertando em teu colo.
Seu calor de labuta me deu a entender outras coisas,
Que por tantas outras eu sorria.
Nem todas as verdades são de verdade,
Umas são de fantasias
De alguém que viveu para si mesmo,
E de tanta solidão ardente, se apresentou para o mundo.
Ana Feitosa